Eduardo Barroso foi ouvido esta terça-feira em tribunal.
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Eduardo Barroso, antigo presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting, foi esta terça-feira ouvido em tribunal em mais uma sessão do julgamento do ataque à Academia de Alcochete.
"Devo dizer que estava no Paquistão, em trabalho, e foi lá que recebi no whatsapp dos meus filhos a mensagem: "oh pai, houve uma invasão!" Foi assim que tive conhecimento do que estava a acontecer. Não tive noção do que se tinha passado", afirmou.
"Não valorizei na altura. Só quando aterrei em Lisboa e os meus filhos me disseram "oh pai, não tens noção da dimensão, invadiram, bateram...". Foi aí que eu percebi que a coisa não tinha sido como as antigas idas a Alcochete que acabavam sempre com fotografias. Já tinha havido idas a Alcochete combinadas. Não é que eu concorde com essas idas, mas acabava sempre com fotografias. Não tive noção da dimensão do que se passou, só quando aterrei em Lisboa. Fiquei de facto deprimido com o que vi", acrescentou Eduardo Barroso.
"Não acredito que Bruno de Carvalho tenha sido o mandante. Se acreditasse, não estava aqui. Cometeu erros graves e entrou numa espiral destrutiva. Alertei-o para isso", recorda o médico, referindo-se também ao polémico post de Bruno de Carvalho após a derrota da equipa em Madrid, para a Liga Europa. O episódio levou mesmo a um jantar com José Eduardo, Daniel Sampaio, João Trindade e os filhos. "Foi um jantar em que tivemos oportunidade de criticar Bruno de Carvalho pelo post depois do jogo com o Atlético Madrid. O presidente não o devia ter feito. Foi isso que foi dito por todos nós nesse jantar. Esse jantar foi feito exatamente porque eu achei que ele estava a cometer erros graves. Tentámos que ele parasse aquela espiral que estava a destruí-lo enquanto presidente do Sporting", lembrou.
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