Márcio Sampaio, ex-recuperador físico do Sporting, testemunhou esta segunda-feira no Tribunal de Monsanto.
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O depoimento de Márcio Sampaio, ex-recuperador físico do Sporting na altura do ataque à Academia de Alcochete, levantou o véu sobre o que Bruno de Carvalho terá dito na reunião com a equipa técnica antes da invasão do dia 15 de maio de 2018.
"Estive dias antes na reunião com a administração, em que Bruno de Carvalho disse que não havia condições para continuar. Entendemos que estávamos despedidos. Bruno de Carvalho disse que ainda não tinha falado com o departamento jurídico e para marcar treino para a tarde. 'Estou a ser vosso amigo. Se de manhã não vos entregarem nada, apareçam à tarde'", começou por contar o elemento da equipa técnica de Jorge Jesus, prosseguindo:
"Bruno disse que tinha passado a noite a acalmar as claques ao telefone, com a mulher e a filha a mandarem-no calar. (...) 'Vocês nem sabem o que é que estava a ser preparado' disse-nos", acrescentou Sampaio, reiterando o teor da reunião. "Bruno disse que o Acuña nao devia ter confrontado o líder da claque, que isso não se viu em lado nenhum. Que teve depois de acalmar o Fernando Mendes. A reunião foi para falar do fim da linha e para esclarecer o que tinha acontecido com jogadores e adeptos no estádio e no aeroporto", finalizou, já depois de descrever o que presenciou no dia do ataque, nas instalações do centro de treinos leonino.
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"Raul José ficou com marca na zona do ombro. Bas Dost já estava no departamento médico. E vi o Mário Monteiro, que tinha queimadura. Não me ameaçaram. Mas óbvio que fiquei com medo", rematou.