Rui Patrício: "Um disse-me 'filho da p..., queres ir embora, parto-te a boca toda'"
Guarda-redes testemunha via Skype no Tribunal de Monsanto, em mais uma sessão do julgamento do processo do ataque à Academia.
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Sobre a invasão à Academia: "Estava no balneário quando entraram aos gritos. O Vasco Fernandes tentou fechar a porta e não conseguiu. Vinham de cara tapada. Começaram logo a agredir. Entraram com agressividade. O primeiro que apanharam à frente levou logo um pontapé. Não me recordo quem levou o pontapé. Foram agredir o William e fui lá separar e acalmar. Então juntaram-se uns quatro à nossa frente a dizer para tirarmos a camisola, que éramos uma vergonha. Um disse-me 'filho da p... queres ir embora, parto-te a boca toda'. Disseram muita coisa. Foi momento de tensão. Começaram a agarrar-me no peito para tirar a camisola. 'Filhos da p..., vamos matar-vos'. Ouvi isso quando ainda vinham no corredor. Vinham com tudo. Não sei se vinham para matar. Vi Dost a levar pontos e o Jesus a sangrar de boca e nariz. Vi alguns de rosto descoberto já lá fora. Reconheci de vista o Fernando Mendes, que estava com alguém. Lá fora vi o William a falar com ele".
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Reunião com Bruno de Carvalho: "Houve duas. Houve post do presidente a criticar jogadores e equipa e por causa disso pedimos reunião. Chegámos a Lisboa na sexta-feira e o presidente disse que seria depois do jogo seguinte. Depois de situação grave juntámo-nos no balneário e decidimos fazer tambem um post. Com o nosso post, a reunião acabou por ser sábado à tarde antes do jogo. Jogadores, André Geraldes e o presidente. Decorreu em ambiente muito mau. Bruno de Carvalho disse que não tinha nada de mal o post e que era o presidente e fazia o que queria. Disse a mim e a William que fazíamos aquilo porque queríamos ir embora. Ainda hoje não percebo o que é que estávamos a fazer".