Taremi prefere títulos ao jackpot financeiro: rejeitou Premier League para ficar no FC Porto

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Independência económica fez iraniano ignorar sondagens de clubes da segunda metade da tabela na Premier League nas duas janelas de mercado
A exibição do símbolo do FC Porto aos adeptos a cada golo que faz começa a transformar-se numa imagem de marca de Taremi, que vai dando provas de comprometimento total com o clube no relvado e fora dele.
Condições oferecidas pelo FC Porto, crónico candidato à conquista de troféus e presença assídua na maior prova europeia de clubes, combinam com o plano de carreira do avançado. Só algo idêntico o faria sair.
Catapultado na última temporada pelos dragões para a ribalta do futebol europeu, o iraniano, sabe O JOGO, recebeu sondagens de clubes da segunda metade da tabela da Premier League durante o mercado de verão e de janeiro, mas preferiu ignorá-las. Mesmo sabendo que uma eventual mudança para Inglaterra lhe proporcionaria um jackpot a nível económico.
A independência financeira que garantiu ainda no Irão, porém, permite-lhe ser criterioso no plano de carreira. E Mehdi está numa fase em que valoriza mais a conquista de títulos e a presença assídua nas principais competições europeias do que ingressar numa equipa de uma liga de topo que joga apenas para o meio da tabela ou, pior ainda, para não descer.
No Dragão, Taremi sabe que tem todas as condições reunidas para alcançar esses objetivos sem beliscar minimamente a popularidade de que goza no Irão. Pelo menos enquanto continuar a produzir. E nas últimas semanas, de resto, é o que mais tem feito. Nos últimos quatro jogos somou sempre uma ação decisiva - já leva 29 esta época, menos seis do que em 2020/21 -, sendo que em dois foi capaz de combinar um golo com uma assistência.
O clássico com o Sporting, em Alvalade, foi só o mais recente exemplo da influência de Taremi no rendimento ofensivo do FC Porto, que o viu assumir na plenitude o papel que Luis Díaz deixou com a partida para Liverpool. Curiosamente, fê-lo após uma rara passagem pelo banco de suplentes, para a qual contribuiu um período de alguma turbulência, motivado pelo mal-entendido com o selecionador iraniano, Dragan Skocic.
De novo em alta, Mehdi olha para o futuro e sente que está mais mais perto do que nunca de atingir os títulos que quer. Sair só por dinheiro, não.

