Espanha analisa esta tarde, numa reunião do Ministério do Interior, as medidas a tomar perante a ameaça terrorista que aumentou com os atentados em Bruxelas
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O Ministério do Interior espanhol convocou para esta tarde uma reunião para analisar a ameaça terrorista, que será seguida por outra da Comissão de Seguimento do Pacto de Estado contra o terrorismo jihadista após os atentados desta terça-feira em Bruxelas.
Segundo o ministro do Interior espanhol em funções, Jorge Fernandez Diaz, citado pela televisão espanhola, à primeira reunião assistirão responsáveis da luta antiterrorista que irão estudar a possibilidade de se elevar o atual nível de alerta 4, numa escala de 5.
Logo a seguir, Fernandez Diaz presidirá à reunião da Comissão de Seguimento do Acordo para Garantir a Unidade na Defesa das Liberdades e na Luta contra o Terrorismo Jihadista, na presença de responsáveis dos partidos que subscreveram o pacto - PP, PSOE, Ciudadanos, UpyD, Coligação Canária, Foro Astúrias, União do Povo Navarro, União Democrática da Catalunha e Partido Aragonês Regionalista.
Desde 26 de junho de 2015, após os atentados perpetrados em França, Tunísia e Kuwait, o nível de alerta antiterrorista em Espanha tem-se mantido no nível 4.
Este nível, que pressupõe uma especial prevenção, proteção e investigação de infraestruturas críticas, manteve-se inalterado e as autoridades de segurança espanholas decidiram reforçá-los com maior vigilância após os atentados de novembro do ano passado em Paris.
O nível 5 só será ativado se os serviços de informações e secretos detetarem a iminência de um atentado em Espanha.
Bruxelas foi hoje de manhã abalada por dois atentados, com duas explosões no aeroporto e mais duas no metro da capital da Bélgica, que fizeram pelo menos 26 mortos e dezenas de feridos.
A procuradoria belga já confirmou que, no caso do aeroporto, tratou-se de um atentado terrorista suicida.
O nível de alerta terrorista na Bélgica foi elevado para quatro, o máximo da escala.