A RFEF justificou a "mudança conceptual" como uma forma de reconhecer "que futebol é futebol, independentemente de quem o pratique".
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A Federação Espanhola de Futebol (RFEF) anunciou esta quarta-feira que a seleção feminina vai começar a usar a mesma denominação do que a masculina, passando-se a chamar: "Seleção Espanhola de Futebol".
Desta forma, a equipa perdeu a designação "de futebol feminino ", numa "mudança conceptual" que Pedro Rocha, presidente interino do órgão, eleito na sequência da demissão de Luis Rubiales, explicou como uma forma de reconhecer "que futebol é futebol, independentemente de quem o pratique".
Já o símbolo oficial da Federação vai começar a ser um denominador comum para ambas as seleções, com o recente título feminino conquistado em Sydney, na Austrália, a também estar representado na estrela presente no logótipo.
"Não precisamos, em nenhum suporte, de diferenciar as marcas de ambas as seleções. Com base no contexto e nas imagens que acompanhem o logótipo, vai entender-se na perfeição se nos referimos às nossas campeãs ou aos nossos campeões. Acreditamos que deixar claro que as duas seleções são iguais irá permitir que avancemos também para uma concepção mais igualitária do futebol", defendeu Rocha.
Esta mudança ocorre após a nova selecionadora espanhola, Montse Tomé, ter surpreendido ao convocar, para os jogos contra a Suécia e a Suíça, 15 campeãs do mundo e outras jogadoras que tinham pedido para não serem convocadas enquanto não houvesse mudanças na federação, na sequência do escândalo do beijo forçado do antigo presidente Luis Rubiales à futebolista Jenni Hermoso, durante o Mundial.
Depois de uma reunião, que terminou já de madrugada, o presidente do Conselho Superior do Desporto, anunciou que a grande maioria das jogadoras aceitou reintegrar os trabalhos da seleção.
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