Guarda-redes italiana afastada da equipa por estar grávida: "Senti-me inútil"
"Prejudicou-me enquanto mulher, mão e desportista", lamentou.
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Um escândalo está a marcar a atualidade do futebol feminino em Itália: Alice Pignagnoli, guarda-redes de 34 anos, foi excluída no Lucchese, do terceiro escalão, e deixou de receber vencimentos depois de ter informado que estava grávida.
"Têm sido meses muito difíceis (...). Contra as minhas expectativas, deparei-me com um clube hostil como o Lucchese, que me prejudicava enquanto mulher, mão e desportista. Criou-me uma ferida profunda. Senti-me só, inútil, incapaz", mencionou no Instagram.
"O treinador e as raparigas foram fantásticos, mas o clube disse-me que já não me pagaria, apesar do que estava escrito no contrato. Pouco a pouco comecei a ser excluída da equipa", lamentou.
"Primeiro, pediram-me para devolver o material desportivo, apesar do contrato até final da temporada", indicou. "Tiraram-me da equipa sem dizerem uma palavra. Se era realmente necessário excluir-me, e não entendo o motivo, podiam dizer-me algo, já que joguei para eles durante dois meses e cumpri a minha parte", prosseguiu.
Alice Pignagnoli fez uma comparação com o nascimento do primeiro filho, quando alinhava no Cesena. "Acabava de chegar ali. Descobri que estava grávida. O clube tratou-me como um ser humano. Disseram-me que para eles era uma jogadora importante e que podia continuar perto da equipa", recordou.
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