Brilha no Valadares e agradece: "Sou uma sortuda por ter a família que tenho"
Beatriz Barbosa, lateral, de 21 anos, é das jogadoras mais utilizadas do Valadares e sonha chegar à Seleção principal.
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Com apenas 21 anos, Beatriz Barbosa é uma das jogadoras imprescindíveis do Valadares na Liga BPI. A internacional jovem portuguesa é natural do Porto e chegou ao clube de Gaia esta temporada, proveniente do Varzim. Chegar à Seleção principal é o grande sonho da lateral, que tem a mãe como "maior fã".
Chegou ao Valadares esta temporada, proveniente do Varzim. Como surgiu a oportunidade e o que a fez abraçar este projeto?
-O Valadares sempre foi um emblema histórico e forte no futebol feminino português, e isso teve peso na minha decisão. Comecei a minha carreira na EF Hernâni Gonçalves e lembro-me perfeitamente que o nosso rival era o Valadares. Isso fez-me pensar. A verdade é que foi a escolha acertada e oportuna. As pessoas do clube são incansáveis e é tudo muito profissional. Estou muito bem aqui e não podia pedir melhor adaptação.
Aterrou em Gaia, viu e vingou. É uma das jogadoras com mais minutos do plantel e já fez um golo, apesar do desempenho coletivo inconstante. O que tem faltado à equipa?
-De facto, as coisas têm corrido bem individualmente, mas não penso nisso. Só penso em dar o meu melhor. Coletivamente, podíamos estar melhores. Sabemos a qualidade que temos e há muito trabalho pela frente. A equipa acredita que é possível fazer mais e melhor e queremos alcançar a metade superior da Liga BPI. Vamos honrar este símbolo, tal como pedido pela estrutura. Somos uma equipa muito agressiva e que dá tudo dentro de campo. O que tem faltado é golos. Valadares é crença, paixão, luta e entreajuda.
Sente que a Liga BPI está mais competitiva e difícil neste novo formato?
-Muito mais, embora tenhamos equipas muito acima das outras, como o Benfica. Tem jogadoras muito boas e uma estrutura muito sólida. Na minha opinião é o principal candidato ao título nacional.
Falemos um pouco de si. Começou o seu percurso no futebol na EF Hernâni Gonçalves, com 14 anos. Como nasceu esta paixão pelo futebol?
-A minha família sempre teve raízes no futebol. O meu irmão jogava na Hernâni Gonçalves e eu ia com ele para os treinos. Achava fascinante este desporto. Mais tarde, a minha mãe inscreveu-me nessa escolinha. Foi aí que descobri que queria ser jogadora de futebol.
A sua família sempre apoiou essa decisão?
-Sem dúvida. A minha mãe é a minha maior fã e não falta apoio. Está presente em todos os jogos e puxa por mim. Sou uma sortuda por ter a família que tenho.
Depois mudou-se para o Braga, onde passou três anos fantásticos. O que retira desses tempos no Minho?
-Joguei com as melhores. Tive a felicidade de atuar na equipa principal e aprendi muito com todas as pessoas do clube, principalmente com as minhas colegas.
A curto prazo, quais são as suas maiores ambições?
-Quero focar-me no Valadares e ajudar o clube a marcar uma posição no futebol feminino português. Estou muito focada em dar o meu melhor.
E uma eventual chamada à Seleção principal, está nos planos?
-Sem dúvida. Estive nos escalões jovens de Portugal e pretendo dar seguimento a esse percurso, apesar de saber que não será fácil; tudo a seu tempo. É trabalhar para a frente.
Onde pretende estar daqui a cinco anos?
-Gostava de atuar na liga espanhola, pois é uma das melhores do mundo. É muito evoluída e tem muita visibilidade.
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