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>"Tive convites mas dei prioridade ao FC Porto"
Foram dois os motivos que o fizeram renovar pelo FC Porto: a admiração pelo clube e a estabilidade da família, sobretudo dos três filhos que se encontram em idade escolar. Isto, apesar das muitas propostas que diz ter recebido para se transferir, algumas delas de Inglaterra.
Renovou contrato até 2014. Que significado tem para si?
Estou muito feliz porque o clube mostrou interesse em renovar. Isso, para mim, é uma gratidão. Espero continuar a ajudar a equipa e, se possível, ainda melhorar.
Quando acabar este contrato, terá 36 anos. Este é um sinal de que pretende terminar a carreira no FC Porto?
Neste momento, e com tanto tempo de antecedência, posso apenas afirmar que pretendo chegar ao fim do meu contrato. Depois, na altura, logo se verá o que acontece.
Nesse sentido, pondera prolongar a carreira para lá dos 36 anos, tal como acontece, por exemplo, com Van der Sar no Manchester United?
Confesso que não penso muito a longo prazo. Penso apenas em trabalhar, penso no dia-a-dia, e enquanto me sentir útil e com capacidade para ajudar, estarei sempre pronto para o fazer.
Falou-se, recentemente, no interesse de clubes brasileiros. Algum dia pensou regressar?
Houve muita especulação, mas não houve interesse apenas de clubes brasileiros, porque também tive conhecimento de algumas abordagens de Inglaterra. No entanto, sempre dei prioridade ao FC Porto, não só por me sentir muito bem no clube, mas também por estar completamente adaptado à vida em Portugal. Para além disso, neste momento da minha vida, penso também nos meus filhos, que já andam na escola.
Durante estes anos, viu muitos jogadores a partir do clube. Sente alguma inveja deles?
Não lhe chamaria de inveja... Acho que tudo é uma questão de aproveitar as oportunidades. Nestes casos, há sempre duas partes no negócio, o clube e o jogador, e se surgir alguma coisa tem de ser muito bom para todos. Tive conhecimento de interesse de clubes ao longo destes anos, alguns até me fizeram parar para pensar, mas continuei sempre.
E porquê?
Nesses momentos, há muitos factores que pesam. Nunca fui de trocar muito ao longo da minha vida; aliás, basta ver que só tive três clubes: Vasco, Leiria e FC Porto. Na altura, quando ainda estava no Brasil, era jovem e tinha curiosidade em conhecer outras realidades. A proposta do Leiria era boa e acabei por arriscar. Hoje penso, sobretudo, nos meus filhos. Eles estão adaptados à vida aqui e isso também pesa bastante.