Foi uma vitória gorda em jogo de desequilíbrio esperado e os portistas já não marcavam 48 golos desde outubro de 2020
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Os vizinhos separados por um rio navegam em águas diferentes. O FC Porto aplicou um corretivo, porque luta pelo título, enquanto a jovem equipa gaiense (22 anos de média de idades e sem ter os emprestados Rodrigo Geada e João Magalhães) está ciente do objetivo de se manter no Campeonato Placard, embora deva ter de lutar por isso no grupo dos quatro aflitos da última fase.
Realidades distintas previam um jogo pouco excitante, mas coube aos comandados de Ricardo Antunes valorizá-lo, mostrando intensidade, riscos assumidos, vários erros, claro, mas muito atrevimento, traduzido nas oito defesas a que o guardião Abrahamsson foi sujeito na primeira parte. Os primeiros minutos foram interessantes (4-4), mas o 10-4, com cinco golos de Zelu, indiciavam o atropelo.
Procurando a melhor gestão de um plantel que não encaixou bem a derrota na casa do Sporting, Magnus Andersson teve excelente ocasião para rodar e observar novas dinâmicas. A segunda parte não foi tão entusiasmante, com erros de ambos os lados e o avolumar do marcador a escandalizar aos 38-16, uma diferença de 22 golos refletida também no resultado final (48-26).
Ao quinto jogo, os portistas superam os 40 tentos pela terceira vez - 41-31 ao Belenenses e 47-32 ao Avanca - e assinam uma vitória de 48, como há cinco anos, ante a Sanjoanense.