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Rodrigo tem tudo para brilhar no Benfica. A opinião é suspeita, mas ao mesmo tempo habilitada: é de Mazinho, treinador que é tio do jovem do Real Madrid e antigo campeão do mundo pelo Brasil em 1994. "O Rodrigo é um goleador que pode jogar como extremo-esquerdo, como avançado ou médio-ofensivo. É muito versátil, por isso não surpreende que haja muitos clubes grandes interessados em contratá-lo", explica a O JOGO, lembrando que "não é à toa" que o sobrinho está no Real Madrid, clube que o contratou há um ano ao Celta de Vigo.
Aos 19 anos, o futebolista hispano-brasileiro promete muito, mas Mazinho acredita que será uma aposta certa para o presente. "É jogador para o futuro imediato", assegura, reconhecendo que poderá ser "ainda melhor" com mais alguns anos ao mais alto nível. "Nestas idades, tudo se pode melhorar. Ele é um garoto que tem todo o talento para poder trabalhar, mas é claro que há muita coisa em que ele não é perfeito", explicou, falando já à Benfica: "Acredito que o Rodrigo vai evoluir muito no Benfica, um clube grande e com muitas condições para que os jogadores possam crescer."
Sobre o melhor sistema táctico para explorar as qualidades do jovem internacional sub-19 pela Espanha, o treinador volta a destacar a sua versatilidade. "Isso não será um problema. Uma das maiores qualidades do Rodrigo é a inteligência, a capacidade que tem para se adaptar a qualquer sistema táctico e situação de jogo", sublinha, referindo que "o mais importante é ele entrar no ritmo da equipa e da liga portuguesa, que é uma competição nova para ele".
Mazinho tem acompanhado a possível mudança do jogador para Portugal, um dado que dá praticamente como certo. "Da última vez que falei com o pai dele, fiquei a saber que ele estava a caminho do Benfica", revela o antigo internacional brasileiro, esclarecendo que essa conversa ocorreu "na semana passada".
Futebol é coisa genética
Além de sobrinho de Mazinho, Rodrigo herdou também o talento do pai, Adalberto, futebolista do Flamengo e internacional pelo Brasil na década de 1980. "Creio que ele herdou as qualidades do pai. O Adalberto jogava como lateral-esquerdo e era um excelente jogador. Ele tem a mesma força, velocidade e qualidade técnica que ele", resume Mazinho, afastando-se desta luta. "Eu? Eu não, eu era mais armador, era um jogador de meio-campo. Ele tem tudo é do pai", esclarece o antigo campeão do mundo.