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Os espanhóis continuam a pedir a Del Bosque que coloque Llorente no lugar de Torres, mas o seleccionador tem feito ouvidos de mercador, dando a entender que não vai fazer alterações na linha da frente. "Vamos mexer pouco em relação à equipa que tem jogado", disse o seleccionador espanhol, aprestando-se assim para contrariar a vontade popular. Aliás, esta ficou bem expressa numa sondagem ontem divulgada pela "Marca": em 64 mil votantes, 42 mil preferem ver Llorente de início, enquanto apenas 22 mil optam por El Niño.
Mas nem o próprio Llorente quis alimentar a polémica. "O debate não tem de ser esse, se jogo eu ou o Torres e, aliás, dentro do balneário nem se coloca a questão. Se puder ser sempre como diante de Portugal, apenas uns minutos, ficarei contentíssimo. Esse tipo de debates nem sequer nos cai bem", afirmou o avançado que substituiu Torres frente aos lusos, revolucionando a dinâmica ofensiva espanhola.
Llorente confidencia que a relação pessoal entre ambos não podia ser melhor, garantindo que Torres lhe deu os parabéns logo a seguir à exibição dos oitavos. Outro dado adiantado prende-se com a mensagem de Del Bosque antes da sua entrada em campo. "Fixar os centrais adversários", disse-lhe o treinador, preocupação que, como se sabe, Carlos Queiroz (em relação a Piqué e Puyol) deixou de ter a partir de certa altura do jogo...
Villa e o ketchup de Torres
Também David Villa está do lado de Fernando Torres, afirmando que os golos deste hão-de aparecer em breve. "Ele não está em baixo de forma. Tem um carácter impressionante e uma excelente trajectória atrás de si. Todos sabemos que o seu momento no Mundial chegará", afirmou Villa numa frase que pode ser comparada à de Ronaldo no início da prova: os golos são como o ketchup, vêm todos de uma vez...
Neste encontro frente ao Paraguai, Villa pode aproximar-se de Raúl, que continua a ser o jogador com mais golos na selecção espanhola (41). Com os quatro apontados neste Mundial, Villa já soma 38.