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>"Não foi fácil ser capitão, nem Jesus agradou a todos..."
Foi fácil ser capitão desta equipa?
Não! Nunca é fácil ser capitão. Desde o início senti isso na pele, senti que era uma responsabilidade acrescida. Mas eles ajudaram-me. Tive um grande apoio do meu treinador. Ajudou-me, não só a mim, mas também ao Mariano e ao Falcao. Ele fez questão de representar sempre o grupo e facilitar a nossa tarefa; fez com que tudo fluísse da melhor forma. Não foi fácil, nunca seria, mas ele simplificou o nosso trabalho.
Pergunto de outra forma: qual foi a importância do Helton no balneário?
O meu papel foi sempre o mesmo: procurei ser honesto e amigo, embora saiba que é impossível agradar a todos; nem Jesus conseguiu agradar a toda a gente, por isso não seria eu que iria ser diferente. Isso faz parte da personalidade de cada um; não somos todos iguais.
O facto de ter sido escolhido para capitão fez com que tivesse aumentado o rendimento em campo?
As pessoas têm especulado muito sobre esse assunto, mas recordo que a braçadeira não joga. Por outro lado, a minha melhor época foi aquela que me proporcionou a transferência para o FC Porto, ainda em Leiria, porque consegui chamar à atenção de um grande clube. Aqui, no FC Porto, limitei-me a dar continuidade ao meu trabalho, até porque também já tinha realizado épocas maravilhosas no Vasco da Gama, onde estive nove anos. Fico um pouco triste quando ouço pessoas a fazer a relação entre a braçadeira e a minha eventual subida de rendimento.