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Habitualmente utilizado a lateral-direito, Mário João só fez sete jogos em 1960/61, devido a grave lesão. Na campanha europeia actuou apenas no primeiro jogo e na final. Deixou o Benfica após a segunda vitória europeia para ir para a CUF, que lhe garantia emprego após deixar o futebol. De águia ao peito fez 89 jogos e marcou quatro golos.
"O Barcelona era o grande favorito, mas a palestra do Bella Guttman foi normal. Em Portugal todos pensavam que íamos perder
Ângelo
Conhecido pela raça que aplicava em campo, era o mais velho deste quinteto, na altura com 30 anos. Lateral-esquerdo, cumpriria 285 jogos (com quatro golos) pelo Benfica. Tornar-se-ia técnico das camadas jovens dos encarnados após terminar a carreira, lançando nomes como Humberto Coelho, Nené, João Alves, Jordão, Shéu ou Chalana.
"Eu conhecia os húngaros, por já os ter defrontado pela Selecção. O resto da nossa equipa só conhecia os jogadores do Barcelona de nome
Cruz
O mais novo dos campeões europeus - tinha apenas 20 anos -, era também o mais rebelde. Passarinho do Bairro da Liberdade, como se auto-intitula, aludindo ao bairro onde nasceu, Cruz alinhava habitualmente como lateral ou médio-esquerdo, mas foi central nas duas finais ganhas pelo Benfica. Fez 447 jogos e um golo no clube.
"Jogava quase sempre como defesa-esquerdo, mas nessa final fui quarto defesa [na altura a designação para um central]. Correu tudo bem
José Augusto
Um dos melhores extremos-direitos da Europa na década de 60, formaria um quinteto atacante temível no Benfica e na Selecção Nacional com Coluna, Eusébio, José Torres e António Simões. Autor de 175 golos em 369 jogos com a camisola dos encarnados, viria ainda a ser treinador do clube e da Selecção Nacional.
"Falhámos o 4-1 em várias ocasiões, o Barça encostou-nos lá atrás e eu só olhava para o relógio atrás da nossa baliza. O tempo não passava
Artur Santos
Titular no centro da defesa encarnada durante dez anos, foi afastado do onze por Bella Guttman por se recusar a jogar a defesa-direito, posição que desempenhara no início da carreira. Este episódio precipitaria o fim da sua carreira, aos 30 anos. No Benfica, único clube que conheceu como jogador, fez 284 jogos mas nunca marcou.
"Neguei-me a jogar a lateral-direito porque havia dez anos que jogava à central e acabei por só fazer um jogo nessa campanha. Hoje não me tinha negado