Corpo do artigo
>Juventude que dá garantias
Clube com bom trabalho nos escalões de formação, o Águas Santas apresenta um grupo de promessas que merecem destaque.
Há juventude de qualidade no Águas Santas para assegurar o futuro?
Há. Temos no nosso plantel dois atletas seniores de primeiro ano e mais quatro juniores. Bons atletas que, se não se iludirem e não quiserem queimar etapas, serão o futuro do Águas Santas. Temos dois pontas, o Bruno Moreira e o Mário Lourenço, quase prontos para competir em qualquer situação, temos o Mário Oliveira, que se está a habituar a este tipo de competição, e mais dois, o Paiva e o Jandir, que estão a começar. Se eles não acharem que têm de jogar noutras divisões e souberem trabalhar, serão o futuro do clube.
O que pretendem daqui para a frente?
Manter o nível exibicional, e ser uma equipa que joga bem, que luta e não vira a cara às dificuldades. Se o mantivermos, de certeza que a classificação vai manter-se por aqui. Se vai ser primeiro, segundo ou terceiro... logo veremos. O nosso grande objectivo, que era ficar nos seis primeiros, está quase concretizado. Já o conseguimos no ano passado.
Faz mais de 120 quilómetros
por dia para dar treino
Jorge Borges surgiu no andebol como guarda-redes. Começou no ABC e depois foi o dono das balizas de Fermentões, Braga e Fafe. Quando se mudou para o Porto, onde tirou o curso de Educação Física, passou a representar o FC Maia e aí estreou-se como técnico. Orientou um grupo de jovens desde os infantis até aos seniores, conquistando o título nacional de juvenis. Depois, voltou a Braga e ao ABC para ser responsável técnico dos juniores. Após a conquista de dois títulos nacionais, subiu naturalmente para adjunto dos seniores, a convite de Jorge Rito.
Continuou a fazer a vida no Minho, mas em Janeiro de 2010 regressou ao distrito onde deu os primeiros passos como treinador, após ter aceitado um convite "irrecusável" para orientar uma equipa da I Divisão, o Águas Santas. Na primeira época completa levou a formação maiata a obter um lugar no grupo de seis clubes que disputou o campeonato até ao fim. Agora, com 41 anos, continua a percorrer diariamente mais de 120 quilómetros para orientar os seus pupilos - os que ligam a Maia a Póvoa de Lanhoso, onde vive e exerce a sua actividade docente -, e está a dar um retoque de classe na sua "obra prima".