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Não houve golos, mas não por falta de oportunidades, e mais para a banda do Celta de Vigo, que ganhou espaço na área do Beira-Mar, principalmente na segunda parte. De qualquer forma, deu para perceber uma mudança de atitude em relação ao particular com a Académica. É certo que a equipa continua a revelar deficiências no capítulo da finalização: Zhang está longe de ser a opção ideal para abrir caminho para o golo, e falta também um organizador que ajude a valorizar a actuação dos alas Artur e Cristiano, de modo a não atrasar o desenvolvimento dos lances.
O Beira-Mar da primeira parte foi mais equilibrado. Rui Sampaio foi o pensador e aquele que alimentava a velocidade de Cristiano e de Artur, que alternavam de posição; o problema era fazer com que as munições chegassem a Zhang. Foi dos pés de Rui Sampaio que saiu o lance com peso e medida: Artur rematou duas vezes, mas Tiago Barros falhou na recarga. Isto mostrou que quando os aveirenses decidem jogar com inteligência e largar a marcha-atrás, conseguem crescer no terreno e criar situações de desequilíbrio.
Da segunda parte, pouco restou de positivo para contar. As alterações quebraram a coesão e deram espaço de manobra à superioridade do Celta de Vigo na posse e circulação da bola. Da dispersão à confusão foi um instante; os espanhóis espalharam o perigo, valendo o guarda-redes Rui Rego e a omissão do árbitro Pedro Vieira quanto à indicação do seu assistente para um penálti a favor do Celta. O pecado de Olivier não terá contribuído para o relatório final do período de experiência; já Lawal, também em teste, suscitou a atenção de um olheiro do Sevilha.