Margarida Silva de prata nos 1500 metros mesmo após ter perdido uma sapatilha durante a prova
A atleta Margarida Silva foi esta quarta-feira prata nos 1500 metros dos Jogos Surdolímpicos, em Tóquio, no Japão, apesar de ter perdido uma sapatilha durante a prova, e elevou para três as medalhas conquistadas pela comitiva portuguesa.
Margarida Silva, com 4.40,60 minutos, só foi superada pela russa Iuliia Abubiakirova (4.39,65), primeira, a competir sob bandeira neutra, e impôs-se à queniana Sharon Bitok (4.43,65), terceira.
"Foi quase como se tivesse visto este momento muitas vezes e é a sua concretização. Nunca tinha perdido um ténis durante a prova, foi a primeira vez, mas não me foquei nisso e corri até ao final independentemente das condições", disse Margarida Silva.
Esta é a terceira medalha da comitiva portuguesa em Tóquio, após o ouro da judoca Joana Santos e o bronze do ciclista André Soares, e se não fosse a contrariedade da sapatilha o resultado podia ter sido diferente.
"Acredito que se não tivesse tido este percalço o desfecho podia ter sido diferente, mas foi muito bom e não posso estar triste por isso. Fui inteligente a correr e acredito que estive à altura do desafio", assegurou a atleta.
Os Jogos Surdolímpicos Tóquio'2025, que decorrem até 26 de novembro, juntam cerca de 3000 atletas com deficiência auditiva e Portugal conta com 13 participantes, que competem em cinco modalidades: atletismo, ciclismo, judo, natação e tiro.
Portugal participa pela nona vez nestes Jogos, desde a estreia em Sófia, em 1993, tendo conquistado desde então um total de 20 medalhas (oito de ouro, cinco de prata e sete de bronze), três já em Tóquio, por Margarida Silva (prata), pela judoca Joana Santos (ouro) e pelo ciclista André Soares (bronze).