Treinador português foi despedido do Mónaco na semana passada.
Leonardo Jardim foi despedido do comando técnico do Mónaco na semana passada e, esta sexta-feira, o jornal L'Équipe publicou uma extensa entrevista ao treinador português, que fez várias revelações relacionadas com a relação algo fria com Oleg Petrov, vice-presidente do clube.
"Trabalhei durante 62 meses no Mónaco e fui, sem dúvida, o treinador mais barato dos últimos três [com Ranieri e Henry]. Se somarem os valores pagos pelo número de meses que cada um trabalhou, dão-me razão. Estamos a falar de valores que não são exatos, mas a verdade é que eu custei menos do que os outros", começou por referir Jardim, prosseguindo:
"A época atual começou mal, só conseguimos montar a equipa no final de agosto e a pré-época caiu por terra, todos sabem disso. Até o vice-presidente do clube assumiu a responsabilidade pela ação tardia no mercado. Em 13 jogos na Liga francesa somámos 26 pontos, dois pontos por jogo. E foi isso que fiquei surpreendido pela decisão tomada no Natal. Em termos desportivos, estávamos em posição de atingir o objetivo, nomeadamente o pódio. Se estávamos a falhar, a responsabilidade não era só da equipa técnica", acrescentou o técnico luso, que revelou ter pedido para sair durante o verão, precisamente devido à demora no reforço do plantel.
"Não sou uma vítima. (...) A meio de agosto, pedi para sair porque não queria lutar pela permanência outra vez. Fui muito claro. Se o clube quiser que seu saia, eu saio. Depois chegaram Slimani, Bakayoko e Maripán", rematou Leonardo Jardim.