Seleção Nacional

O um a um de Portugal: Guedes fulminante e com lugar na história

Gonçalo Guedes marcou o golo da vitória de Portugal Ivan Del Val/Global Imagens

Confira as notas atribuídas por O JOGO aos jogadores da Seleção Nacional na vitória sobre a Holanda por 1-0, que valeu a conquista da Liga das Nações a Portugal.

PORTUGAL UM A UM

Rui Patrício 8

No dia em que se tornou no guarda-redes português mais internacional de todos os tempos, o número 1 da Seleção Nacional teve intervenções absolutamente decisivas. Segurou a vitória com algumas defesas monstruosas.

Nélson Semedo 7

Voltou a merecer a confiança de Fernando Santos e justificou a aposta, respondendo com uma exibição de grande nível tanto a defender como a atacar. E quando os companheiros precisaram, também dobrou os centrais.

José Fonte 7

É o central das finais ganhas. Depois de ter dado segurança no Euro"2016, voltou a estar em grande nível. Rendeu Pepe e formou com Rúben Dias uma dupla forte como o aço. Incomodou e muito nos lances de bola parada a favor de Portugal.

Rúben Dias 8

Está um senhor central. Apesar da juventude (22 anos), apresenta uma maturidade impressionante. Muito forte no jogo aéreo e junto ao relvado, travou uma luta intensa com os avançados holandeses. Teve ainda alguns cortes providenciais.

Raphael Guerreiro 7

Exibição de enorme categoria tanto a defender como a atacar. Personalizado, recuperou inúmeras bolas, algumas delas pelo ar, apesar da baixa estatura. Subiu ainda pelo flanco esquerdo com enorme à-vontade para tentar as combinações com os companheiros ou para cruzar.

Danilo 7

De regresso à equipa, depois de cumprir castigo, fez uma exibição de grande nível. Muito concentrado, deu equilíbrio à equipa. Recuperou bolas, cortou linhas de passe e ainda soube sair a jogar para criar jogo para os companheiros.

William Carvalho 7

Parece que joga de olhos fechados com Danilo. Quando um precisa, lá está o outro a resolver os problemas. Ocupou bem os espaços, ganhou inúmeras bolas e ainda deu qualidade ao futebol quando tinha a posse de bola.

Bruno Fernandes 8

Foi o mais rematador e o maior agitador do ataque de Portugal. Tentou o golo em diversas ocasiões, pôs a equipa a jogar, pressionou e mostrou a habitual leitura de jogo, acompanhada, lá está, por alguns passes de mestre.

Bernardo Silva 8

É um regalo vê-lo jogar. Quando tem a bola naquele pé esquerdo, os adversários já estão em pânico e sem saber o que fazer. Além das boas combinações com Bruno Fernandes, fez ainda o passe que resultou no golo que deu o troféu a Portugal. É um génio.

Cristiano Ronaldo 7

Solidário, jogou para a equipa e, mesmo quando levava uma pancada, levantava-se de imediato para ajudar os companheiros. Tentou o golo em algumas ocasiões, mas desta vez não marcou. Importante ainda nas bolas paradas defensivas, sobretudo nos cantos.

Rafa 7

Entrou muito bem no jogo. Aliás, na primeira vez que tocou na bola arrancou em velocidade e espalhou o caos na defesa da Holanda. Contribuiu e muito para que Portugal avançasse no terreno nos momentos em que o adversário tentava o empate. Excelente aposta.

João Moutinho 5

Refrescou o meio-campo, ajudou a defender e ainda se envolveu nos processos ofensivos. Num lance pediu penálti, noutro rematou muito por cima da trave.

Rúben Neves -

Rendeu William Carvalho para quebrar o ritmo de jogo e para festejar.

A FIGURA

Gonçalo Guedes 8
Apareceu de surpresa e resolveu

Foi uma das novidades no onze da Seleção Nacional e justificou a aposta de Fernando Santos. Foi dele o golo do triunfo, contribuindo para que Portugal entre na história como o primeiro vencedor da Liga das Nações. O avançado combinou bem como Bernardo Silva, com quem, de resto, se entendeu às mil maravilhas, e desferiu um remate rumo à glória. Mas a exibição de mais este herói português não se resume ao golo que marcou. Nem pensar. Muito bem no apoio ao sector defensivo, deu uma preciosa ajuda a Raphael Guerreiro, e depois surgiu em velocidade pelos flancos ou pelo meio, aparecendo muitas vezes nas costas da defensiva holandesa para tentar assistir os companheiros. Saiu, fisicamente de rastos, depois daquela que foi a sua melhor exibição com a camisola da Seleção Nacional.

Manuel Casaca