Declarações de Rúben Amorim após o Manchester United-Arsenal (1-1), jogo da 28.ª jornada da Premier League
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Disse depois do jogo que não queria o United a jogar assim no futuro, mas a exibição de hoje foi melhor: “É só pelo bloco baixo e pela forma como damos a bola ao adversário, só isso. Mas o nosso espírito de seguir o plano, de estar unidos, isso é bom. Isto é um exemplo para o futuro, mas falo apenas do bloco baixo e deu para sentir isso um bocado, a frustração dos nossos adeptos na primeira parte, apenas isso”.
Pretende então que o United comece a jogar com linhas mais subidas? “Não, penso que o nosso plano foi perfeito. O que quero dizer é que nós temos de ter mais posse de bola, mais controlo do jogo e pressionar um pouco mais alto. Nós pressionámos às vezes, especialmente nos pontapés de baliza e nos livres, perto da baliza de Raya e pressionámos muito bem, mas, no futuro, quero jogar um futebol diferente e passar mais tempo a atacar a bola no último terço do que a defender num bloco baixo, só isso. O resto penso que foi um exemplo e as pessoas apreciaram o esforço dos jogadores”.
Parece que as melhores exibições deste United surgem contra os adversários teoricamente mais difíceis: “Não sei, talvez aconteça que nestes jogos seja um pouco mais aceitável jogar num bloco baixo, isso ajuda-nos imenso. Contra outras equipas, temos de avançar, é por isso que é difícil aqui [em Old Trafford]. Às vezes temos de pressionar mais alto e é mais difícil, porque as caraterísticas dos jogadores não são para isso, mas quando treinamos e jogamos num clube como o nosso, às vezes tens de puxar mais à frente, não importa o que acontece. Penso que essa é a razão pela qual isso acontece”.
Bruno Fernandes marcou um golaço de livre direto: “Penso que ele dá um passo em frente a toda a hora. Às vezes pode demonstrar alguma frustração nalguns momentos, que o magoam mais do que a qualquer outro, e eu percebo isso, é aquela frustração de querer vencer. Mas ele está sempre disponível e está sempre lá para jogar em posições diferentes. E quando precisamos às vezes de um golo, de um livre direto, de uma assistência, ele está sempre lá. Por isso, penso que ele é um exemplo muito bom e comete alguns erros, isso é normal, mas é um exemplo muito bom para os outros jogadores.
Se o clube tivesse mais jogadores como Bruno Fernandes, estaria numa posição diferente? “Eu penso que qualquer treinador, quando quer contratar jogadores, espera o melhor, mas às vezes tem de se adaptar e às vezes tens sorte com o caráter do jogador ou não. Mesmo com toda a investigação que todos os treinadores fazem antes de contratar jogadores... O que posso dizer é que precisamos de mais Brunos, isso é claro. Não só em termos de habilidade, mas em caráter, não pelos erros, mas pelo caráter que ele tem e a sua disponibilidade nesta liga é muito importante. Ele é muito decisivo com e sem bola”.