Treinador do Manchester City admite que prefere não pensar nas possíveis consequências, em termos de cansaço e lesões, que a participação neste Mundial de Clubes poderá vir a acarretar para a temporada que se avizinha
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Pep Guardiola admitiu esta segunda-feira que prefere não pensar nas possíveis consequências, em termos de cansaço e lesões, que a participação neste novo Mundial de Clubes poderá vir a acarretar para a próxima temporada do Manchester City.
Ainda assim, antes de defrontar os sauditas do Al Hilal (2h00 de terça-feira) nos “oitavos”, o técnico espanhol assumiu que o peso deste torneio reformulado pela FIFA poderá vir a sentir-se numa altura decisiva do calendário para o clube inglês, que procura voltar a lutar pelo título da Premier League e Liga dos Campeões em 2025/26 depois de uma época muito aquém das expetativas.
“Tento não pensar sobre isso, caso contrário, fico muito ansioso. Iremos descansar o tempo que a Premier League nos permitir e iremos jogo a jogo, mês a mês, veremos. Talvez em novembro, dezembro ou janeiro eu possa dizer: 'Ouçam, estamos um desastre. Estamos exaustos, o Mundial de Clubes destruiu-nos'. Não sei, é a primeira vez na nossa vida que isto [um Mundial de Clubes com 32 equipas] aconteceu, por isso, vamos ver. Eu tento estar relaxado e aproveitar os dias aqui com as boas energias que temos e vamos tentar vencer a competição. O mais importante é recuperarmos e reencontrarmos o que já fomos. Esse é o meu principal objetivo neste torneio”, apontou.
Ao mesmo tempo, Guardiola mostrou-se compreensivo quanto às recentes críticas que Jurgen Klopp, antigo treinador do Liverpool e agora diretor da Red Bull, fez em relação a este Mundial de Clubes, mas não ao ponto de criticar a FIFA, adotando uma postura algo neutra sobre a prova.
“Eu sei de onde vêm as ideias dele. Nós lutámos muito [juntos] quando fomos a reuniões da UEFA e discutimos o calendário da Premier League, sobre como adicionar-lhe mais qualidade. Discutimos dar mais descanso aos treinadores e jogadores, por isso, os comentários dele não me surpreendem muito. Eu respeito-o imenso, tivemos uma relação incrível durante muitos anos como rivais. Agora deixou essa posição e eu entendo o seu argumento, porque também o defendo. Ao mesmo tempo, nós, os treinadores, temos um trabalho e temos de seguir as regras da FIFA, UEFA, Premier League... Várias equipas reclamam sobre estas competições porque não estão cá, caso contrário, adorariam. Teriam a imprensa e os seus adeptos cá e haveria retorno [financeiro], ficariam felizes. Claro que não é uma situação ideal para os treinadores. Se gostaria de ter dois meses para preparar a próxima época? Sim. Se gostaria de estar fresco para a próxima época? Sim. Mas é o que temos”, concluiu.
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