Di María fala da relação "pai/filho" com Rui Costa: "Foi quem iniciou tudo isto..."
Declarações de Di María aos meios de comunicação oficiais do Benfica, em entrevista de despedida do emblema encarnado
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Imagens da família: "É difícil [ver sem emocionar], porque são as pessoas que sempre estiveram lá. Esse vídeo é daqui. Sempre a viajar comigo. Sempre ao meu lado. Nunca me deixaram sozinho. São as pessoas que sempre estiveram lá. E nada mais. Acho que o que estávamos a falar antes, tudo o que ganhei, tudo o que tenho, tudo o que fiz durante a minha carreira, é graças ao apoio da minha família, da minha mulher, das minhas duas filhas e, para mim, isso é o mais importante. No final, é algo muito bonito. Hoje tenho-as aqui comigo, estão aqui em Tampa, estão a desfrutar comigo, a ir aos jogos, continuam a torcer pelo Benfica como no primeiro dia. Sinceramente, são tudo para mim."
Melhor campeonato onde jogou: "É difícil dizer qual foi o melhor campeonato. Cada um tem as suas particularidades. Senti-me muito confortável em todos eles. Tive a oportunidade de participar em todos os melhores Campeonatos da Europa. Isso deixa-me tranquilo, ter conseguido ter a oportunidade de jogar em todas as ligas em que queria. Por isso, estou feliz por ter conseguido isso."
Importância de Rui Costa no regresso ao Benfica: "Ele teve toda a importância porque foi ele quem iniciou tudo isto para que eu voltasse. Eu já tinha decidido deixar a Juventus, e no ano anterior ele já tinha falado comigo, já queria que eu viesse para cá, queria que eu estivesse aqui e não tivemos muito o que conversar, apenas uma única conversa e, no final, vim. Não houve muito o que conversar. Eu disse-lhe 'o que quiseres. A única coisa que quero é voltar a vestir a camisola do Benfica. Quero voltar a ser feliz em Lisboa. E quero mostrar às minhas filhas onde tudo começou, onde comecei quando tinha 18 anos e, na verdade, foram dois anos maravilhosos'. Obrigado ao [presidente] Rui [Costa]."
Eelação pessoal com Rui Costa: "Como ele disse uma vez: uma relação pai/filho. Quando cheguei aqui, ele tinha voltado ao Benfica para se retirar e adotei-o como pai. Ele ajudou-me muito. Aprendi muito com ele e, desde aquele dia até hoje, temos a mesma relação. Continuamos a rir juntos, continuamos a conversar sobre futebol. Conversamos sobre muitas coisas. A verdade é que o carinho que tenho por ele é muito grande, assim como ele tem certamente por mim. Estou-lhe grato pela minha primeira passagem por aqui, porque ele me ajudou muito a crescer, e por esta segunda vez, por me abrir as portas para que eu pudesse voltar. Apenas tenho palavras de agradecimento para com ele e espero que, no futuro, também possa voltar aqui e continuar, continuar a vê-lo e ter a relação que temos."
Já pensou como será quando regressar ao Estádio da Luz? "Não, na verdade, não. Mas certamente no dia em que eu voltar, serei recebido da mesma forma que fui recebido duas vezes, a primeira com 18 anos e agora com 35, quando regressei. Acho que serei recebido com o mesmo carinho. Vejo isso nas redes sociais. Vi quando perdemos tudo em Portugal neste ano, vou ao supermercado e as pessoas dizem-me que não faz mal, que não ganhámos, que me agradecem por ter voltado. E certamente esse carinho nunca vai desaparecer."
Significado do Benfica para Di María: "Amor puro! É um amor que desde o primeiro dia em que cheguei com 17, quase 18 anos, e agora que vou embora com 37, sempre senti que era a minha casa, o meu lugar no mundo, e vivi isso com as minhas filhas neste ano. Com a minha mulher já tinha vivido um ano aqui quando éramos mais jovens, agora com as minhas filhas, e elas sentiram-se incríveis em Lisboa. Elas estavam mais do que felizes. Choraram quando decidimos partir, embora também estivessem entusiasmadas por ir para Rosário. Mas isso deixa-me tranquilo, saber que não só os meus pais e as minhas irmãs, mas também a minha filha e a minha mulher viveram felizes em Lisboa e, por isso, para mim, Benfica é amor puro."