Hristo Stoichkov, vencedor da Bola de Ouro em 1994 e atual embaixador da FIFA, visou o extremo do Barcelona e o diretor da Red Bull por terem criticado publicamente o novo Mundial de Clubes
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Hristo Stoichkov, antigo extremo búlgaro que venceu a Bola de Ouro em 1994 e atual embaixador da FIFA, visou esta segunda-feira os críticos do novo Mundial de Clubes, com especial destaque para Raphinha e Jurgen Klopp.
Depois de o ex-técnico do Liverpool e atual diretor da Red Bull ter descrito o novo formato do torneio da FIFA como a “pior ideia alguma vez implementada no futebol”, o ex-jogador do Barcelona admitiu ter ficado surpreendido pela crítica e não mordeu a língua na hora da resposta.
“Não esperava isso de Jurgen, tenho-lhe muito respeito. Talvez tenha fico enjoado por o Salzburgo ter sido eliminado da competição, porque é diretor da Red Bull. Quando o Liverpool jogava [o Mundial] ninguém se queixava, quando recebem dinheiro ninguém se queixa. Acho que é preciso ter mais respeito nestes torneios. Já participei nele quando havia apenas alguns jogos, mas acho que Gianni [Infantino] e a FIFA fizeram algo diferente. Reunimos muitas culturas, novos sistemas, novas táticas e muitas equipas diferentes que não se conheciam antes de participar num torneio como este”, argumentou, em declarações ao jornal Marca.
Stoichkov também desvalorizou um desabafo recente de Raphinha, internacional brasileiro, ex-Sporting e V. Guimarães, do Barcelona, que se mostrou aliviado por não ter de abdicar das suas férias para participar no Mundial de Clubes.
“Muito bem, mas no próximo ano Raphinha vai jogar aqui [o Mundial’2026], esqueçamos isso. É preciso acalmar um pouco os ânimos. Antes havia duas substituições e agora há cinco, o que representa metade da equipa que pode ser trocada. Outra [substituição é permitida] no prolongamento. Se reclamam disso, parece-me injusto. Como se nunca tivéssemos jogado futebol ou disputado tantos jogos durante o ano. Quem é que não gosta de jogar? Se me dessem agora umas chuteiras e uma bola, entrava para jogar, porque gosto de futebol. A organização tem sido fantástica e não vejo nenhuma queixa por parte das pessoas”, apontou.
“Quando ganham 20 milhões por ano não se queixam, está tudo bem desde que joguem aos sábados, sem disputar a Taça do Rei, a Taça de Inglaterra ou a Taça da Liga inglesa, todos esses troféus que não valem nada. Há anos, valiam alguma coisa, talvez porque só alguns estavam na Europa. Hoje, a Espanha já tem seis equipas na Liga dos Campeões. O mesmo acontece com a Inglaterra e a Itália. Do que se queixam, não faço ideia. O que é que preferiam: jogar na China, na Indonésia ou no Japão ou jogar uma prova com prestígio?”, questionou.
De resto, também as queixas sobre o tempo nos Estados Unidos levaram resposta: “Está tudo fantasticamente bem. Em primeiro lugar, o público nunca faltou no campo, exceto num jogo em que houve avisos de suspensão por causa de tempestade elétricas. Ontem Maresca [treinador do Chelsea] queixou-se também da chuva, mas o que fazemos? Damos um comando a Infantino para que pare de chover? Queixam-se de qualquer coisa”, lamentou.
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