O presidente do FC Porto fez questão de receber, individualmente, os cinco internacionais que ontem se apresentaram no Dragão. Há trabalho invísivel a fazer com alguns deles.
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Com o arranque oficial da época à porta - a Supertaça Cândido de Oliveira realiza-se já no dia 3 de agosto, em Aveiro -, cinco dos seis internacionais do FC Porto apresentaram-se ontem ao trabalho no Dragão. A exceção foi Stephen Eustáquio, que tem autorização para chegar no domingo, mas quem já está ao serviço oferece ao treinador maior conforto, ou não se tratassem de verdadeiros pesos-pesados do plantel do FC Porto. Diogo Costa, Wendell, Pepê, Francisco Conceição e Evanilson não têm em comum apenas a importância na equipa da época passada, mas também o facto de serem futebolistas de seleções relevantes no panorama do futebol internacional, logo valorizados de forma superlativa pelas presenças, mais ou menos conseguidas, nas competições em que estiveram envolvidos.
Há particularidades a serem levadas em conta neste regresso ao trabalho e talvez tivesse sido esse o ponto de partida para a iniciativa de André Villas-Boas ter recebido pessoalmente os craques, falando com eles de forma individual. Diogo Costa sabe que o mercado está de olho nele e sobre Francisco Conceição há um tema sensível a abordar, pois o pai acaba de ser substituído no cargo de treinador pelo ex-adjunto a quem acusa de traição, acreditando-se nos gabinetes que o profissionalismo de ambos e os interesses do FC Porto serão questões sempre acima de aspetos pessoais que não devem beliscar a estabilidade da equipa. Os três brasileiros têm mercado e também terão ambições de carreira, pelo que gerir expectativas é um trabalho invisível que importa ser feito neste arranque. E AVB sabe bem o que isso é.