Para já, dos quatro crónicos candidatos ao topo do campeonato, apenas o Braga já tem a certeza de quem será o treinador em 2024/25. Nos três grandes, a indefinição é a palavra de ordem
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De repente, fica a ideia de que António Salvador antecipou um problema com que os outros grandes vão ter de lidar no final da temporada. É verdade que a saída de Artur Jorge numa fase decisiva da época está longe de ser o ideal e que o anúncio da contratação de Daniel Sousa para 2024/25 na véspera do jogo com o Arouca acabou por resultar no proverbial tiro que sai pela culatra, na forma de uma derrota por 3-0, mas certo é que perante a perspetiva de uma corrida ao mercado no verão, o Braga já tratou de reservar o técnico que lhe interessa para dar continuidade ao projeto.
Em Alvalade, na Luz e no Dragão o momento é de incerteza quanto à continuidade dos treinadores atuais. Rúben Amorim já prometeu que saía se não ganhasse títulos, mas recusa prometer ficar se os conquistar, enquanto os rumores do interesse do Liverpool em tê-lo como substituto de Jurgen Klopp começam a ser demasiado intensos para poderem ser ignorados. Roger Schmidt arrisca-se a terminar a época com uma Supertaça no bolso, claramente pouco para o investimento milionário que Rui Costa fez no plantel e para as expectativas dos adeptos, revelando incapacidade para lidar com a fartura de opções - e de egos - que lhe colocaram à disposição e que devem traçar-lhe o destino. Finalmente, Sérgio Conceição parece ter atingido o limite da sua capacidade para reinventar o FC Porto.