PRESSÃO ALTA - Um artigo de opinião de Nuno Vieira
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A história do futebol português está marcada por guerras de poder e lutas internas pela hegemonia, que em diversas ocasiões ultrapassaram os limites do razoável, promovendo o ódio e estimulando uma rivalidade pouco saudável, em contraciclo com os mais elementares valores do desporto, em que o mérito deve sempre determinar os vencedores sem que os vencidos isso contestem, pelo menos nos termos excessivos a que fomos assistindo durante décadas. A reflexão que se exige não é de hoje, mas o conjunto de dirigentes que de momento lidera os principais clubes nacionais, aliados à visão pacificadora e futurista da Federação Portuguesa de Futebol e da Liga Portugal, pode marcar o início de uma nova era no futebol português.
Ontem, em Aveiro, André Villas-Boas sentou-se à mesa com Frederico Varandas, encontro no qual também participou o promotor Fernando Gomes e Pedro Proença, que se soube agora ter organizado, recentemente, uma reunião em Lisboa que juntou FC Porto, Benfica, Sporting e Braga. É tempo de se discutir a sério o futuro do desporto-rei em Portugal e definir as estratégias para que, de forma determinada, Portugal possa aumentar a capacidade competitiva no quadro internacional.