O apaziguamento é o melhor argumento para abdicar da revisão dos estatutos e em última análise da AGE de segunda-feira, mas o dito divisionismo não saiu da Inteligência Artificial...
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1 - O Conselho Superior (CS) do FC Porto tomou a decisão que, nesta altura, se impunha e até por isso era a que se esperava, à luz do bom senso. Ao fazer marcha-atrás na proposta de revisão estatutária - que frisou continuar a considerar válida - retirou sentido ao prosseguimento da Assembleia Geral Extraordinária, que deveria acontecer na próxima segunda-feira e onde a discussão de uma nova lei fundamental do clube era o único ponto.
Depois dos tumultos que marcaram a reunião magna dos portistas no início desta semana, pelo menos por agora, há a garantia de que os ânimos vão arrefecer. O CS sublinha ter sido precisamente essa a sua intenção quando diz querer contribuir “para apaziguar o divisionismo que se quer criar na família portista”, até porque como reconhece aquele órgão no mesmo comunicado a AGE foi transformada num “momento de primárias incendiadas”. E essa é uma dinâmica da vida interna do clube, nada que seja imposto de fora para dentro. É pouco avisado, para dizer o mínimo, rejeitar que assim seja, tal como é pouco esclarecido (e esclarecedor) meter Comunicação Social no mesmo saco das redes sociais...
2 - Muito se disse e escreveu já sobre as dúvidas quanto ao real valor da Seleção Nacional em confronto com outro tubarão. Aquilo que parece nem ser tema é a quase inutilidade desta espécie de jogos-treino como o de ontem, a léguas do interesse competitivo que tem a visita de um grande a um clube da distrital na Taça de Portugal! Quando o excesso de jogos a que são obrigados os futebolistas é um problema real, por que não recorrer a pré-eliminatórias entre as seleções menos cotadas e apurar uma para os grupos de qualificação, por exemplo? Dizer que foi a equipa de Martínez a tornar tudo fácil não é, neste caso, argumento.