É impossível olhar para a renovação de Sérgio Conceição a dois dias das eleições para a presidência do FCPorto e não ver nela, mais do que um ato de gestão, um ato de campanha.
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Em condições normais, a renovação de Sérgio Conceição por quatro anos com o FC Porto seria um tema relativamente pacífico. Aliás, considerando o que foi a temporada até ao momento e até a distância inédita para o primeiro lugar no campeonato, poderia ser vista como um importante voto de confiança no treinador nas vésperas de um clássico com o Sporting no Dragão que é tão importante para os leões darem mais um passo em direção ao título, como para os dragões evitarem a aproximação do Braga e do Vitória de Guimarães ao terceiro lugar. Isso para além de servir de ensaio geral para a final da Taça de Portugal.
Claro que as condições atuais não são normais. O próprio Sérgio Conceição o reconhecia em fevereiro, afirmando que não é no final do mandato de uma Direção que se trata da renovação com o treinador, visão que o próprio Pinto da Costa partilhava na altura.