Taremi teve a coragem de se revoltar contra o que os homens das leis fizeram ao espírito de Mahsa Amini
Leia a opinião de Carlos Pereira Santos.
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O nome até parece que tem assim algo de doce, parece que sabe a qualquer coisa que nos dá paz e ao mesmo tempo nos enche de coragem: Mahsa Amini, nunca mais vamos esquecer este nome enquanto vivermos. É daqueles que se agarram à pele.
Com 22 anos, tornou-se, lamentavelmente, uma heroína não de um povo, mas de um mundo incapaz de entender que cultos e maldades se confundem muito facilmente.
A jovem iraniana chamou a atenção do mundo também do futebol e tocou o futebol por cá porque houve um futebolista, Mehdi Taremi, que teve a coragem de se revoltar contra o que os homens das leis fizeram ao espírito de uma jovem que tinha um sorriso para viver.
Aqueles que passam a semana a dizer que o Taremi se atira para o chão para enganar os árbitros devem estar a corar de vergonha porque não sabem como dizer mal dele neste ato corajoso que teve.
Sabem, é preciso ter coragem para afrontar um poder tão asqueroso. Que grande finta, Taremi, principalmente àqueles que pensavam que só se atirava para o chão porque sim.
E pronto, o resto do mundo está normal: o FC Porto voltou a vencer, o Sporting também e, afinal, o Benfica não vai ganhar o campeonato só com vitórias. Assaltar aquele Castelo em Guimarães não é obra fácil.