Mário Jardel marcou o futebol português, era um doido pelos golos. Os clubes vivem obcecados em encontrar um igual. Não está fácil...
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Numa tarde quente de agosto em 1996, chegou ao aeroporto de Pedras Rubras um desconhecido Mário Jardel, um rapaz sorridente, sem medo do futuro, procurando com o olhar onde estariam os jornalistas. O funcionário do FC Porto desviou-o da rota, mas a malta foi no seu encalço, descobrimos o hotel onde ia ficar, o funcionário foi à vida dele e pouco tempo depois Mário Jardel estava no passeio em frente a falar connosco.
Que personagem! Tinha 23 anos, vinha de uma boa época no Grémio, tinha também o Benfica a pensar nele. Lembro-me de lhe ter feito uma daquelas perguntas inteligentes que às vezes os jornalistas fazem: “Qual é o seu objetivo”? E ele, sorrindo, respondeu-me o óbvio, com muita confiança: “Então, cara, eu venho para ser o o melhor marcador. Vou marcar muitos golos”.