Sporting, Benfica e FC Porto tentam arrumar a casa, mas tanto podem fazer um negócio notável como estão sujeitos a assaltos de tubarões
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Não sou a favor do mercado de inverno, pelo menos nos moldes definidos atualmente, uma vez que permitem restruturações com maior ou menor profundidade e quase sempre beneficiam os mais poderosos, o que na ótica das equipas portuguesas tem significados distintos: os mais fortes emblemas nacionais conseguem recrutar os destaques das equipas mais pequenas, mas estão sujeitas a que os tubarões europeus, aos quais se juntam endinheirados patrões de outras latitudes, levem as suas principais pérolas.
Por estes dias, os dirigentes podem esfregar as mãos de felicidade por um chamado negócio da China (ou da Arábia Saudita, para nos situarmos na realidade atual), assim como podem deitar as mãos à cabeça se qualquer milionário levar algum dos seus craques. O mercado de inverno tem este lado cruel, mas quem vive com o coração nas mãos são os treinadores, que alimentam a esperança de promoverem correções que dotem os respetivos plantéis de mais-valias mas quase sempre esbarram no argumento da falta de capacidade financeira para chegar aos alvos pretendidos, que em janeiro sofrem uma espécie de inflação. Os bons estão ocupados e são caros, sobrando os que estão insatisfeitos ou quem joga pouco e procura novas oportunidades.