O tribunal já se preparava para aplicar a sentença final a Roberto Martínez, pelo onze que apresentou e pelo golo alemão, mas a reviravolta chegou e o pesadelo transformou-se num sonho bem real
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Portugal está na final da Liga das Nações e pode repetir a conquista de 2019, quando Gonçalo Guedes colocou o Dragão em erupção com o golo que permitiu à Seleção Nacional levantar o troféu pela primeira vez. Em Munique, frente a uma Alemanha poderosa, munida de muitos craques e a jogar em casa, a equipa lusitana começou mal e Roberto Martínez bem deve ter sentido o lugar em risco pelos nomes que excluiu (Vitinha e Leão) e pelos que incluiu nas escolhas iniciais, opções que rapidamente fizeram inundar as redes sociais com críticas provenientes dos heróis do teclado, agravadas com o golo de Wirtz no início da segunda parte.
Quem não se sente não é filho de boa gente e esse ditado bem português assenta como uma luva à forma como os nossos internacionais reagiram à adversidade.
No banco, o selecionador também quis contribuir para a reviravolta e fê-lo de forma decisiva quando decidiu lançar Francisco Conceição, que cinco minutos depois de ter entrado marcou um grande golo e honrou o feito do pai, há 25 anos, quando apontou um “hat-trick” aos germânicos no Euro'2000. A fome de vitórias nota-se no rosto de cada um que tem o privilégio de vestir a camisola das Quinas e o golo da vitória chegaria logo a seguir, com Cristiano Ronaldo a empurrar a bola para a baliza de Ter Stegen e a colocar Portugal na final que será disputada neste mesmo estádio, no domingo.
É desta fibra que tanto gostamos, uma Seleção de corpo inteiro que soube transformar o Adamastor em nova Boa Esperança de conquistas. Após uma “remontada” só ao alcance de campeões, bem podemos sonhar com o caneco.