Feitas todas as experiências, esgotada toda a margem de erro, Portugal precisa da sua melhor cara para bater a Eslovénia e afastar as dúvidas existenciais que a derrota frente à Geórgia possa ter criado.
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Roberto Martínez justificou a derrota com a Geórgia com o contexto. Portugal já tinha seis pontos e o primeiro lugar no Grupo F garantido. Por outras palavras, o selecionador deu a entender que, se precisasse daquele jogo, Portugal teria sido uma equipa diferente, tanto na forma (sistema) como no conteúdo (titulares). E essa é uma boa notícia, porque a partir de hoje, Portugal precisa dos jogos todos. Nas eliminatórias não há margem de erro, o que significa que estão igualmente esgotadas as oportunidades para fazer experiências.
As que existiam parecem ter deixado claro que a melhor versão de Portugal é a que se desenha a partir de uma linha de quatro na defesa (Pepe e Rúben Dias no eixo, Cancelo e Nuno Mendes nas laterais), com um triângulo virtuoso no meio-campo (Palhinha a trinco, Vitinha na organização e Bruno Fernandes no apoio ao ataque) e um tridente ofensivo (Ronaldo como ponta-de-lança, Bernardo Silva à direita e Rafael Leão ou Jota à esquerda). Um 4-3-3 que se desdobra num 4-2-3-1 e que junta o maior equilíbrio defensivo à maior capacidade para provocar desequilíbrios no ataque, respeitando a identidade da equipa e, sobretudo, dos jogadores que a servem.