O Santa Clara continua a ser uma das boas notícias num campeonato que está a parecer menos ameaçador para os grandes
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Vítor Bruno disse, na antevisão da ida à Luz, que não foi nos jogos grandes que se decidiram os títulos. É razoável, mas os clássicos dão uma ajuda bestial, são jogos de seis pontos e partidas como a de ontem podem até valer mais do que isso, porque há muita gente que nem sequer era viva da última vez que o Benfica deu uma sova destas ao FC Porto. Daqui a duas semanas, veremos os efeitos num dragão que, à exceção da loucura da Supertaça, ainda não teve uma resposta plena sempre que o nível subiu, enquanto a águia deu um grito de raiva bem audível e fica com o segundo lugar à mercê do jogo em atraso com o Nacional.
De facto, tenho sérias dúvidas que não sejam os clássicos a determinar muita coisa deste campeonato, mas diria que está tudo nas mãos do Sporting. Reviravoltas tão incríveis e ao mesmo tempo tão naturais como a que fez em Braga também ganham mais do que três pontos. É inequívoco que os leões vivem num patamar bem superior ao dos rivais, que mesmo sem perderem muitos pontos estão distantes na tabela. Foi um passeio arrasador do Sporting até aqui e, no conforto de não poder ser desmentida, diria que, com Amorim, estava entregue. Sem ele, diria que ganhar mesmo assim é só a única coisa que falta a esta geração leonina.