Chega um reforço indicado por um insuspeito agente e espera-se que se faça luz. Depois há clubes que não sabem como caíram no abismo
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O mercado de transferências está aberto durante largas semanas, mas a maior parte dos clubes arrasta soluções até ao último dia. É um fenómeno recorrente que escapa ao entendimento de muitos adeptos, mas que é explicado, em parte, pelo efeito dominó dos negócios tão peculiares desta indústria. A equipa X contrata um jogador à equipa Y e, sucessivamente, a cadeia ganha vida até todos ficarem servidos. Só que não é bem assim e quem padece são as sociedades mais desorganizadas, que ainda não entenderam a necessidade de captar recursos humanos com competências para evitar erros crassos, tendo, por exemplo, um departamento de scouting capaz de responder de forma imediata a uma baixa, com todos os indicadores em cima da mesa e, como convém, com o aval do treinador.
A realidade mostra-nos, no entanto, que são vários os dirigentes que julgam ter a poção mágica para descobrir diamantes. Atiram com uma dúzia de reforços para o plantel, por indicação insuspeita de empresários amigos, e esperam que se faça luz por obra e graça do treinador... que nem foi ouvido.