Uma opinião de Carlos Pereira Santos
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Nascido em 1947 pela arte do americano Carl Barks, o Tio Patinhas tem aquilo com que eu sempre sonhei, uma piscina cheia de moedas de ouro para dar uns mergulhos. O Tio Patinhas foi, e continua a ser, companhia de muitos, que também nos faz sonhar, mesmo num país em estado de alerta por causa do calor, mas que ainda assim não consegue evitar a morte agonizante das florestas. O Tio Patinhas, no fundo, podia ser a solução para os problemas dos clubes portugueses, mesmo dos grandes, que são obrigados a deixar escapar os melhores tesouros porque não têm dinheiro para os manter nas suas casas.
Matheus Nunes é um nome que atravessa esta jornada, porque foi para Inglaterra e deixou órfão de imaginação o Sporting. Muitos atribuem à sua ausência o desaire no Dragão, mas será de todo aconselhável que os sportinguistas percebam que os portistas foram muito mais competentes. Reconhecer os erros será uma forma de os evitar no futuro imediato, e houve muitos erros, é verdade. O cenário está montado para que Rúben Amorim passe de bestial a besta - é este o nosso triste fado, o triste fado dos treinadores portugueses, porque a memória no futebol dura um fósforo.
Da animação num Dragão cheio e entusiasmado, ao delírio na Pedreira ainda com Horta, sempre com Horta, onde o Braga brilhou e assumiu o comando das equipas mais goleadoras. O comando do campeonato, esse, é do FC Porto, líder do campeonato isolado, pelo menos enquanto o Benfica está voltado para a Champions.