Roberto Martínez surpreendeu toda a gente com o sistema e o onze inicial que o serviu, incluindo os jogadores. Desta vez, ainda foi a tempo de corrigir o tiro, por um triz. Mas convém não deixar o melhor para o fim.
Corpo do artigo
Roberto Martínez tinha avisado de véspera que Portugal só atingiria o nível máximo depois dos primeiros três jogos. Claro que ninguém esperava que o ponto de partida fosse tão baixo, mas a boa notícia é que a manter-se a progressão que se registou ontem da primeira para a segunda parte, e especialmente nos instantes finais, quando o espanhol finalmente lançou para o jogo os espalha brasas que a partida estava desesperadamente a pedir há muito tempo, muito provavelmente o céu é o limite.
Sim, houve uma dose considerável de felicidade no golo marcado por Francisco Conceição, a aproveitar um corte defeituoso de um defesa checo ao cruzamento de Neto, mas é mais fácil demolir uma muralha como a que a Chéquia montou em frente à baliza com gente rápida a pensar e a executar em campo. Felizmente, Martínez percebeu-o a tempo, mesmo que por um triz, e Portugal entrou a ganhar no Europeu.