Vítor Bruno só pode estar agradado com o desempenho dos jogadores que tem na Áustria. Gonçalo Borges encantou ontem com novo golo, mas faltam pesos-pesados para o plantel ser um produto acabado.
Corpo do artigo
O FC Porto soma e segue na pré-época e são já cinco as vitórias noutros tantos jogos, o que só pode ser um bom indício para a temporada que se inicia a 3 de agosto, com a Supertaça. Até essa discussão do troféu com o Sporting, em Aveiro, muita água vai correr debaixo da ponte, que é como quem diz, várias alterações podem acontecer num e noutro plantel. A lei do mercado é implacável e dragões e leões não estão a salvo de investidas dos mais endinheirados clubes mundiais, por muito que os responsáveis queiram manter nas suas fileiras os ativos mais importantes, aqueles que valem pontos e títulos. Gyokeres é um excelente exemplo disso e não é difícil adivinhar que Rúben Amorim só vai descansar quando a janela de transferências encerrar.
No FC Porto, os indicadores fornecidos ao longo da pré-época são encorajadores. Vítor Bruno trabalha com vários jovens e ainda sem reforços - aguarda Diogo Costa, Chico Conceição, Wendell, Pepê, Evanilson e Eustáquio -, contando apenas com os regressos a casa de David Carmo e de Fran Navarro, ambos, em princípio, com carta branca do técnico para integrarem o plantel. Os jovens têm dado bons sinais e ainda ontem Gonçalo Borges brilhou com uma trivela a fazer lembrar os bons velhos tempos de Ricardo Quaresma. Mas será esse talento suficiente para encarar uma época tão exigente? Os miúdos estão a mostrar serviço, mas faltam os graúdos para darem expressão e corpo à ambição do novo dragão. O dinheiro não abunda, mas parece óbvio que a atual matéria-prima precisa de massa mais consistente.