Luís Filipe Vieira jura que não há fundamentos para os benfiquistas estarem preocupados no caso dos emails e Rúben Amorim diz que fica tudo igual apesar do anúncio da saída de Hugo Viana. Os quadros estão bem pintados, mas é inegável que águias e leões vivem na incerteza.
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O futebol português está outra vez marcado por notícias capazes de agitar as massas adeptas de dois dos seus principais clubes. O Benfica vê-se perante o caso dos emails, com o Ministério Público a indiciar a SAD pela prática de crimes de corrupção ativa, com os ex-dirigentes Luís Filipe Vieira e Paulo Gonçalves no centro do furacão, enquanto o caso do Sporting é bem diferente, mas igualmente preocupante, uma vez que se teme o desmoronamento da estrutura que foi capaz, no últimos anos, de devolver a Alvalade tardes e noites de grandes glórias.
Na Luz, há a expectativa de se saber no que, de facto, pode resultar este megaprocesso, embora diversos juristas vejam como improvável que o clube possa ser punido desportivamente. Luís Filipe Vieira, apontado como o grande mentor deste plano investigado pelas autoridades nos últimos anos, saiu ontem a público para dizer, à CNN, o óbvio: as acusações não têm fundamento e os benfiquistas podem dormir descansados. Claro que não podem e o antigo presidente sabe bem disso, porque a sua experiência no futebol é suficiente para perceber que acontecimentos assim são altamente perturbadores e entram no balneário, por muito blindado que possa estar.
Rúben Amorim também garante que a anunciada saída de Hugo Viana é apenas uma baixa na estrutura a concretizar-se no verão, mas o técnico sabe que não é uma saída qualquer. Os sportinguistas percebem que este cenário coloca o treinador na rota do Manchester City e isso não deixa nenhum leão dormir em paz. Reforcem o stock de calmantes para os lados da Segunda Circular.