A noite que devia ter sido de Pavlidis acabou no pé esquerdo de Raphinha e na necessidade de Bruno Lage pedir aos jogadores para deixar o relvado de queixo levantado
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1 Não há derrota mais amarga do que aquela que chega depois de a equipa dar tudo de si. O Benfica deu tudo de si para vencer o Barcelona, mas de tanto querer ganhar é capaz de ter-se convencido, ali entre os festejos do terceiro golo de Pavlidis, que podia mesmo conquistar os três pontos com uma facilidade que não vinha nos prognósticos.
Talvez fosse exigida alguma contenção que teria evitado, na roda final no centro do relvado, que Bruno Lage lembrasse aos jogadores que deveriam deixar o campo de queixo levantado e sentimento de dever cumprido. Ficaram a minutos de o conseguirem sem ser necessário que o treinador o indicasse. Agora, também não se aconselha deixar Carreras a ter de correr, sozinho, com Raphinha...
2 O golo de Raphinha, no derradeiro remate de jogo de loucos, é capaz de ter cometido a injustiça de colocar Pavlidis numa noite de rodapé. Depois de Schjelderup, o grego surge agora como mais um jogador que parece dar razão quando Bruno Lage insiste que chegou com a época a decorrer e com um plantel com muitos nomes que desconhecia. E vice-versa. Um “hat-trick” ao Barcelona brilha eternamente em qualquer CV e no caso do avançado pode ser o definitivo ponto de viragem de uma carreira no Benfica que continua a gerar dúvidas entre quase todos. Exceto, pelos vistos, para Bruno Lage.