Portugal defronta o adversário mais temido na final de Munique, depois de amanhã, mas do outro jogo das meias-finais resultaram indicadores que assustam e outros que carregam a esperança lusitana
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Um passeio que se transformou num enorme susto permitiu à seleção de Espanha garantir o acesso à final da Liga das Nações, onde já tinha lugar assegurado a equipa de Portugal, que passara pela Alemanha na véspera, silenciando a Arena de Munique. O adversário dos nossos vizinhos era a poderosa França, mas aos 55 minutos já o resultado expressava uma clara superioridade espanhola, fruto de um período de grande inspiração individual e coletiva que, seguramente, levanta preocupações a Roberto Martínez e aos jogadores portugueses. Mbappé deu um ar da sua graça, mas Lamine Yamal marcou o 5-1 e deu o jogo por sentenciado.
No entanto, o futebol é uma caixinha de surpresas e, golo após golo nos 15 minutos finais, os gauleses aproximaram-se perigosamente do marcador, até terminarem a ameaçar o empate, com um sufoco junto à área de Unai Simón. É precisamente neste período de assertividade francesa que Portugal deve concentrar-se, pois foram dadas pistas sobre algumas fragilidades dos espanhóis na organização defensiva que devemos aproveitar na hora de todas as decisões.
É, sem dúvida, um opositor temível, que a turma das Quinas não consegue derrotar desde 2010 – goleada na Luz por 4-0, num desafio de caráter particular –, mas quem tanto brilho espalhou sobre o relvado no duelo diante dos alemães só pode alimentar esperanças numa exibição competente e com final feliz. Depois, sim, será tempo de pensar no que vai acontecer ao selecionador nacional e quais são os planos de Pedro Proença, capítulo que importa seguir com toda a atenção. Mas primeiro venha a taça!