A aprovação do orçamento apresentado por Rui Costa, mesmo à tangente, mostra que há uma maioria silenciosa que concorda com as grandes opções do plano do presidente para a próxima época
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Há uma incongruência que dá que pensar em relação à tumultuosa Assembleia Geral vespertina do Benfica no sábado. Rui Costa foi alvo de críticas, de pedidos insistentes de demissão e até de insultos. De resto, a maior parte dos sócios que pediram a palavra, fizeram-no com o presidente e os restantes elementos da Direção encarnada, desde logo os que transitaram da anterior gestão, firmemente na mira. E, no entanto, o orçamento proposto por Rui Costa foi aprovado. Por pouco [47,6% a favor, 43,2% contra], mas foi aprovado, o que implica que uma maioria, mesmo que relativa e silenciosa, concorda com as grandes opções do plano do presidente para a próxima temporada.
Quer dizer, a não aprovação do orçamento apresentado por Rui Costa, mesmo que inconsequente em termos estatutários, não deixaria de ser uma forma mais eloquente de mostrar um cartão amarelo, a fugir para o alaranjado, à atual Direção. Pelo menos, mais eloquente do que fazer-lhe críticas agrestes e dirigir-lhe insultos inconsequentes desde a bancada. Como dizia alguém, quando a maioria se cala, mesmo uma minoria pode fazer todo o barulho. Claro que nada disto significa que Rui Costa possa desvalorizar o que aconteceu no sábado.