A Seleção nacional de râguebi contrariou a lógica e bateu as Ilhas Fiji, conquistando, em Toulouse, a primeira vitória num Mundial; por cá, no futebol, a lógica imperou, mas nenhum "grande" teve sossego.
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1 - As vitórias, todas por margem mínima, de Benfica, FC Porto, Sporting e Braga, mostram que qualquer equipa pode causar incómodo aos candidatos ao título, mesmo quando atuam em casa, onde, supostamente, deveriam ter jogos mais tranquilos.
Quem assiste com atenção à evolução da Liga já percebeu que não se trata apenas de demérito dos maiores. O campeonato, apesar de os quatro da frente serem os suspeitos do costume, apresenta-se mais equilibrado porque os outros estão a trabalhar melhor, mérito dos treinadores e da capacidade dos clubes de injetarem qualidade nos respetivos plantéis.
Agora, imaginem como tudo será ainda mais interessante com uma distribuição equilibrada das verbas das transmissões televisivas. Percebe-se que nem todos concordem...
2 - Apesar das dificuldades, porém, a lógica imperou. Ao contrário do que aconteceu em Toulouse, França, onde a Seleção Nacional escreveu a mais importante página da história do râguebi português, ao bater as Ilhas Fiji - oitavo país do ranking mundial -, conquistando o primeiro triunfo num Mundial. E que grande duelo travaram aqueles Lobos com pele de "gentlemen".
Foram premiados à beira do fim, graças um sensacional ensaio e transformação certeira no pontapé que se seguiu. Caíram, rastejaram, levantaram e foram premiados. Sem choradeira e sem se rebolarem ao mínimo toque, num exemplo que devia ser seguido por muitos jogadores de futebol que, pagos a peso de ouro, estragam espetáculos e complicam a vida dos árbitros ao desfalecerem ao mínimo sopro. Mesmo quando não há vento.