O médio de 19 anos está de saída para o PSG a troco de 60 milhões de euros, mais 10 por objetivos. Um valor brutal para um jogador indiscutível no Benfica mas que não é (ainda) titular na Seleção Nacional
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Muito tem sido discutido sobre a transferência de João Neves para o Paris Saint-Germain, negócio concluído ontem mas que já vinha a ser alinhavado há várias semanas. Acordo bom ou mau para o Benfica? Essa é a grande questão que justifica a reflexão. Se é verdade que se trata de um futebolista de potencial muito elevado e ainda com boa margem de progressão, um verdadeiro adulto em campo apesar de ter ainda 19 anos, esta transferência representa um proveito total com investimento residual na sua formação e nos anos em que foi profissional do emblema encarnado, primeiro na equipa B e no último ano e meio no plantel principal. Ou seja, os 60 milhões de euros representam mais-valias absolutas para as águias, havendo ainda a hipótese de encaixe de mais 10 milhões, consoante objetivos perfeitamente alcançáveis na capital francesa.
Além disso, João Neves não é (ainda) um titular da Seleção Nacional, argumento que, por norma, serve de base para os mais chorudos negócios do futebol internacional. Ainda neste acordo, o Benfica recebe Renato Sanches, que procura reerguer-se numa casa onde foi muito feliz. Não se pode dizer que existe uma troca direta no plantel de Roger Schmidt, porque Sanches não é João Neves e ninguém pode garantir de que forma o campeão europeu de 2016 vai apresentar-se na Luz, conhecidos que são os problemas físicos que o afastaram dos relvados durante muito tempo na época passada, no empréstimo pouco conseguido à Roma. Só o tempo dirá se é um bom investimento, mas em relação à venda ninguém pode negar que Rui Costa fez um ótimo negócio.