Sporting abriu a ronda com um 3-0 no Estoril, o Benfica despachou o Gil com cinco golos e FC Porto aplicou chapa quatro ao Arouca. É a lei do mais forte
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Os três suspeitos do costume já estão posicionados nos lugares habituais da tabela classificativa, o que é uma boa notícia para os respetivos adeptos mas uma má promoção ao tão desejado aumento da competitividade no nosso campeonato, um veículo indispensável para uma internacionalização que poderá acrescentar uns milhões de euros às contas dos clubes quando chegar a centralização dos direitos televisivos. Enquanto não estamos em 2028, vamos observar este quadro com todo o pragmatismo: está imposta a normalidade dos últimos anos na tabela pontual do principal campeonato português, com o Sporting a defender com unhas e dentes o título conquistado na época passada, FC Porto e Benfica na perseguição direta, uns com três e outros com cinco pontos de desvantagem em relação ao líder.
Nesta ronda 7, desiludiu-se quem pensou que, eventualmente, os poderosos do nosso futebol pudessem sofrer algum dissabor. Os primeiros a impor leis foram os leões, que passaram pelo estádio do Estoril como um cometa, aliás, na linha do que têm feito com vários opositores na presente campanha. E se Rúben Amorim saiu com razões para ficar feliz, no dia seguinte Bruno Lage encontrou o mesmo conforto na receção ao Gil Vicente, que até esteve à frente do marcador mas foi depois esmagado, voltando para Barcelos com cinco golos encaixados por Andrew. A fechar a participação dos grandes nesta jornada sem surpresas, os dragões também superaram o seu visitante, um Arouca que aguentou o 0-0 até ao intervalo mas que foi incapaz de travar o ímpeto de Samu, Nico, Galeno, Gul e companhia, que deram razão a Vítor Bruno sobre a capacidade de resposta da equipa ao inconcebível desaire a meio da semana frente ao modesto Bodo/Glimt.
Ou seja, os grandes estão com a carga no máximo no que diz respeito à pontaria às balizas contrárias, uma tendência que o Braga pretende acompanhar, não pela atratividade do seu futebol mas pela eficácia revelada frente ao Rio Ave, engolido na Pedreira por quatro golos sem resposta.
Nota importante desta jornada que estreou Tozé Marreco no Farense (primeiro ponto dos algarvios) e voltou a revelar um Santa Clara em grande forma - impôs-se em S. Miguel frente ao Boavista -, foi a estreia de José Faria no comando técnico do Estrela da Amadora, um diretor desportivo que assegura a transição para uma eventual nova equipa técnica após a paragem para as seleções, que pode bem ser a mesma, caso na próxima jornada, na viagem a Barcelos, consiga mais um resultado positivo com os mesmos sinais animadores do plantel. Se correr mal, é seguro que não será demitido pelo homem forte do futebol: ele próprio.