Uma artigo de opinião de Alcides Freire, editor do jornal O JOGO, sobre o Euro'2024
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Se a paixão fosse um dado estatístico, a Escócia estaria no Euro’2024 a cumprir calendário até à final de Berlim. Mas como esse é um ponto que escapa aos analistas, a seleção escocesa corre o risco de ter pela frente apenas mais um jogo na Alemanha. O que é pena. Três jogos podem parecer poucos - o que diria sobre isto um português... -, para a Escócia é mais do mesmo. Afinal, a seleção escocesa nunca foi além da fase de grupos. E nem isso esmoreceu a tal paixão.
Para quem gosta de futebol, o risco é enorme. Estamos a falar de apenas mais um jogo em que o melhor serão os adeptos. Os escoceses provam-nos que, por mais vezes que sejam esquecidos pela UEFA e FIFA, os adeptos são mesmo o melhor do futebol. O que seria um jogo desta ou outra Escócia sem milhares a cantarem “Flower of Scotland” - vale a pena procurar no YouTube - e o Tartan Army nas bancadas de Colónia ou Munique? Só um jogo. Ou como dizem os escoceses: “A nossa paixão não tem correspondência no jeito que temos para jogar futebol”.