É importante, para o Braga e para o Vitória de Guimarães, mas também para o futebol português, que os dois clubes minhotos entrem na época com o pé direito
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Braga e Vitória de Guimarães apresentaram ontem mais dois reforços: o espanhol Roberto Fernández junta-se ao marroquino El Ouazzani nas novas opções para o ataque dos guerreiros às ordens de Daniel Sousa; João Oliveira, guarda-redes formado no Benfica, Belenenses e Estoril, assinou por três épocas pelos vimaranenses. Duas contratações que servem de pretexto para abordar a importância que tem, não apenas para os dois clubes, mas para o futebol português, que Braga e Vitória entrem nesta época com o pé direito. Afinal, tanto um clube como o outro arrancam para a temporada mais cedo, com a missão de garantirem um lugar definitivo na Liga Europa e na Liga Conferência, respetivamente.
Este ano, Portugal só tem cinco representantes nas competições europeias. Os três grandes - Sporting e Benfica na Champions, FC Porto na Liga Europa - e os dois vizinhos do Minho. Para não perder ainda mais terreno para os Países Baixos, é fundamental que todos contribuam de forma efetiva para o ranking e contrariem a tendência dos últimos anos, que viu os clubes portugueses de classe média que se apuraram para as provas da UEFA caírem nas pré-eliminatórias, desaproveitando a oportunidade que a Liga Conferência em particular constitui para amealhar pontos.
Uma oportunidade que os neerlandeses agarraram com as duas mãos e que foi decisiva para a ultrapassagem sofrida por Portugal no ranking. Enquanto o futebol português não encontra um caminho comum para a melhoria da competitividade, teremos de continuar a torcer para que clubes como o Braga e o Vitória o consigam fazer sozinhos.