Opinião do jornalista Rodrigo Cortez
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Alguns dos principais cabeças de cartaz deste Europeu passaram quase despercebidos na fase de grupos. Mbappé, Cristiano Ronaldo, Lukaku, Lewandowski ou De Bruyne, entre outros, mais pareciam estrelas cadentes, tão fugazes foram as suas aparições. E Bellingham, claro, que apesar de um golo no jogo inaugural, desapareceu a seguir e passou duas semanas com as orelhas a arder de tanto ouvir falar mal de si.
Ontem, porém, do nada, o inglês provou que as estrelas não precisam de muito tempo para cintilar. Jude parecia estar mais uma vez a passar ao lado do jogo e os adeptos já ouviam o tic-tac na contagem decrescente para voltarem para casa. Até que, na resposta a um passe de Guéhi, Bellingham, de costas, sentiu um clique e nem precisou de se virar para rematar, apontando, de bicicleta, o melhor golo deste Europeu até agora. O “Hey Jude” ouviu-se finalmente nos estádios alemães.
Às vezes, as estrelas precisam de se sentir carentes para voltarem a brilhar.