Gyokeres está longe de ser caso único no futebol moderno. Tal como fez em 2022, o sueco forçou a saída com silêncio e ausência. Espanta mais a surpresa generalizada do que a atitude em si
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É fácil não gostar de Gyokeres. Do futebolista, claro. O que já é mais difícil de compreender é a surpresa e o tom crítico com que a atitude do sueco tem sido analisada desde que falhou a partida do autocarro para o Algarve. Está para nascer o futebolista que, estando a jogar num dos melhores clubes de Portugal, recuse um histórico da Premier League. Mesmo que seja só isso nos últimos anos, um histórico, como o Arsenal ou o Manchester United. Gyokeres não é uma surpresa, pelo simples facto de que não é o primeiro a comportar-se assim, nem estes “amuos” são um exclusivo do futebol.
Claro que podia evitar-se toda esta novela e mensagens mais ou menos encriptadas que vão chegando, aqui e ali. É que nem sequer é novidade quando os protagonistas são Gyokeres e o Sporting. Há dois anos, o sueco não se apresentou aos trabalhos de pré-temporada do Coventry, com o qual tinha contrato válido até ao verão de 2024. Não apareceu, como não foi visto no dia em que o tal autocarro rumou a Lagos. Nessa altura, o Arsenal era o Sporting, um clube português com presença regular nas provas europeias. O Coventry estava no Championship. Nesse verão de 2022, Doug King era Frederico Varandas. “O Sporting tem estado em todas as páginas e em contacto com o clube, mas quando um jogador é transferido, tem de acertar os termos com um clube e o outro tem de aceitar uma compensação financeira. Caso contrário, nada acontece.