CARA E COROA - Uma opinião de Jorge Maia
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1 - Abafada pelo barulho em torno da eliminação de Portugal no Europeu, a saída de Coates do Sporting foi uma surpresa, desde logo considerando o facto de que o capitão leonino tinha renovado contrato até 2025 não há assim tanto tempo.
A boa notícia para os sportinguistas é que, sendo inesperada, a perda do central não é um drama. Não é irrelevante, porque nunca é irrelevante a perda do património de experiência e maturidade que representava, especialmente depois das saídas confirmadas de Neto e Adán, mas não é um drama porque há já algum tempo que Coates não era, como se costuma dizer, o único adulto na sala. Se houve um tempo em que a experiência do capitão era necessária para equilibrar a imaturidade de um plantel, não apenas jovem, mas pouco habituado a lidar com a pressão que implica discutir os lugares de topo, esse tempo já passou. Coates deixa atrás de si uma equipa adulta apesar de jovem, que dispensa figuras tutelares para impor respeito aos adversários.